Monday, October 30, 2006

QUE MUNDO ESTE! - TRÁFICO DE CRIANÇAS?

QUE MUNDO ESTE!
É uma expressão que me habituei a ouvir aos meus avós, incrédulos face aos "modernismos", técnicos ou comportamentais!
Devido à minha profissão, passo a vida em viagem...e vejo o mundo e as gentes sob vários prismas, mas as perspectivas face à espécie humana não são animadoras e nem lá das alturas e dotada de grande optimismo,o mundo me parece mais belo ou mais credível, porque está minado de seres humanos medíocres.

Mas que consigo ver eu pelas minhas andanças, um pouco por todo o mundo?
A Miséria! A Pobreza! E estas a que me refiro e que tanto me chocam não são as reais faltas de condições básicas de sobrevivência (abundantemente noticiadas e difundidas nos media, a que normalmente voltamos a cara porque as imagens de moribundos passam à hora em que normalmente nos banqueteamos), estas de que falo, não são conceitos metafóricos, são realidade: os Miseráveis estão a matar, a maltratar, a comercializar e a aniquilar as nossas crias, os nossos bébés...E nós vemos, sabemos e nada ou pouco fazemos! Isto acontece em todos os cantos do Mundo, também em Portugal!

TRÁFICO DE CRIANÇAS?
Que raio de espécie é o Homem, que maltrata as suas próprias crias?
Como é possível que um progenitor, pai ou mãe, maltrate e/ou abuse da sua cria, que permita que outrém o faça ou que veja algo que não seja um ser indefeso, que confia em si plena e cegamente, lindo e delicado, cheio de inocência e que depende de tudo e de todos para sobreviver? Como pode uma cria ser alvo de ódio, brutalidade, abandono, sevícias, jogos, moeda de troca, caprichos e atentados à Vida?
Como pode alguém olhar para uma criança de uma forma meramente animalesca que não seja a de ver uma cria, que garantirá a continuidade da sua espécie e que toda a comunidade tem que preservar e ajudar a atingir a idade adulta, como qualquer outra
Comunidade do reino animal faz?
Como pode um Estado permitir o tráfico, a exploração, a escravatura, a violência física, psicológica ou sexual e a própria morte destes pequenos seres? E como podemos continuar a escolher esses destinos para nos veranearmos?
Como podemos todos nós permitir que todos se isentem das suas responsabilidades? Como podemos viver com as nossas consciências sabendo que estamos a ser cúmplices neste abandono ao sermos permissivos com os prevaricadores, ao sermos inoperantes, ao calarmos, ao esquecermos, ao não nos rebeliarmos e actuarmos...
Algo tem que ser feito e rapidamente!
E, de vez em quando, com uma infrequente felicidade, encontro um Ser capaz de pensar e de viver livremente, tendo por opção de vida, tornar o mundo de todos nós melhor...Um desses Seres, é uma Comunidade de Irmãs Católicas (Obra da Imaculada Conceição e Santo António), pobres, simples, abnegadas e dedicadas às crianças que criam até aos 18 anos em dois lares/orfanatos - DªMaria é o das meninas, o do Largo de Caneças é o dos meninos -, que mesmo sem apoios estatais não desistem dos seus meninos. Precisam de artigos de higiéne, material escolar, vestuário, alimentos...Vão lá! Telefonem! Não esperem pelo Natal!

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